Depois da morte dos jornalistas iraquianos Salih Saif Aldin e Abdul-Razak al-Dibo neste domingo, dia 14, mais três profissionais de um jornal iraquiano foram mortos na noite de ontem.
Os três repórteres, que na ocasião estavam trabalhando para o jornal de Bagdad Al Watan, foram mortos numa ataque no sul da petrolífera de Kirkuk (mesma cidade onde morreu Abdul-Razak al-Dibo), a 250 km ao norte da capital. No atentado, mais dois colegas ficaram feridos.
A morte dos três profissionais marca um período difícil para os jornalistas que trabalham no Iraque. No dia anterior, o correspondente do jornal Washington Post, Salih Saif Aldin, de 32 anos, foi morto a tiros no bairro de Saidiya, em Bagdad. Horas depois, foi a vez do repórter Abdul-Razak al-Dibo que morreu numa emboscada armada nas proximidades de Kirkuk.
As cinco mortes ocorridas em menos de 48 horas aumentam a estatística de jornalistas mortos no Iraque desde o início da guerra em 2003. Ao todo são 118 mortos, sendo 100 iraquianos. Neste ano, já morreram 54 profissionais no país.
A Ong internacional Repórteres sem Fronteiras (RSF) que luta pela liberdade de imprensa, pediu às autoridades iraquianas “uma investigação profunda para capturar os assassinos. Um assassinato cometido em pleno dia e diante de dezenas de testemunhas não pode ficar impune”.
Mais informações sobre a liberdade de imprensa ao redor do mundo no site da RSF: http://www.rsf.org/
Por Júlia Nascimento
Um comentário:
Muito legal, Júlia. Matéria interessante, que leva à reflexão. bjo, Silvia
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